A PróToiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia divulgou na passada semana relevante informação estatística que consolida o cruzamento dos dados da Associação Nacional de Toureiros e da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide.
Este tipo de análises permite um retrato da atividade tauromáquica em Portugal, porém, sujeita a um critério que filtra os números gerais, na medida em que toureiros que não sejam “sindicalizados” não são considerados e em alguns casos também não são contabilizadas todas as atuações além-fronteiras.
Os elementos estatísticos que a Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC) divulga no final de cada temporada, pecam, por sua vez, por apenas refletirem dados referentes ao território continental português, posto que ao nível dos Açores a entidade licenciadora é de âmbito regional e rege-se por legislação própria. Daí resulta uma natural discrepância entre os números adiantados por cada uma destas entidades.
Em nenhum dos casos os dados são completos e absolutamente fidedignos, pois ao nível dos espetáculos que não são abrangidos pelo Regulamento Taurino – como as corridas de Barrancos e os espetáculos com recortadores, entre outros – não há qualquer referência. Enfim, é o que temos, mas esta radiografia já nos permite ter uma noção quantitativa do que aconteceu no nosso país no ano que agora se está a finar.
Acrescendo aos valores relativos aos espetáculos taurinos formais, deverá, igualmente, ter-se em conta as manifestações de tauromaquia popular, dita de rua, que para além de assumirem uma grande expressão numérica, são, outrossim, determinantes para a preservação do imaginário popular da população portuguesa. Segundo a informação da PróToiro, realizaram-se cerca de 2.000 eventos de tauromaquia popular pelo país, entre os quais as largadas de toiros, as capeias arraianas e as touradas à corda, aspeto em que a temporada representou também uma grande recuperação.